UM MARÇO DE MUITAS ATIVIDADES - PARTE 2
'No meio marcial, cumpre aos To Dai ( alunos ) cuidarem do Si Fu. Nesse mister, devem se antecipar para que aquele seja recepcionado e encontre tudo pronto quando de sua chegada a algum local. Estas ações denotam esse compromisso e manifestam grande cuidado e esmero, elementos de ‘atenção cuidadosa’. Logo, os membros da Família Moy Lin Mah haveriam de se organizar para recepcionar sua Líder quando no Rio de Janeiro.
Na véspera de chegada de Si Fu, escrevo para Si Jeh Helena a confirmar o horário previsto para sua chegada e
conhecer de quem estará no local para a recepção ( sabendo que ela, ao menos, estaria ). A resposta: “5h da manhã amanhã”. Preparei
alarme para as 04:00h - que cumpriu sua programação, mas levantei às 04:40h
quando saltei dos multiversos na minha cabeça para a realidade quando compreendi
o horário. Apressadamente me visto, quase vestindo as calças nos braços e
correndo pros elevadores..., mas um lapso de razão assoma permitindo que
organize meu raciocínio. Confiro se estou vestido adequadamente ( rs ), se de
posse de documentos ( incluindo informações do voo ) e telefone. Sem tempo para
comer, procurei por transporte que me levasse até o aeroporto. após aguardar buscas por motoristas,
com três inexplicáveis cancelamentos, entendi que não chegaria com a antecedência
necessária. Decidi por confiar na presença de minha Si Jeh quando da aterrissagem do voo.
Mais tarde, perguntei se Si Fu chegara. Resposta: “Ela chega no Rio às 11h”. Me senti confuso..., com sensação de que me esbafori pra acessar um local para receber alguém que lá não chegaria em certo horário... Visitei uma realidade paralela..., só pude... Com esta informação segui em tempo para o aeroporto. Ao me aproximar do portão de desembarques encontrei Si Jeh Helena, que já as aguardava. Assim, ao final da manhã de uma quinta-feira, Si Fu desembarcou no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Acompanhada de sua filha Rebeka, seus Dai Ji ( Discípulos ), Si Jeh Helena e eu, as recebemos. Fazia calor, e logo providenciamos água para que se refrescassem. Não nos demoramos neste aguardado reencontro, pois que esperaríamos familiares seus chegarem ao aeroporto para levá-las. Embarcadas para casa, segui para o mo gun, sob a “suave” sensação térmica de 40° de uma manhã carioca.
Com ou sem calor, preparativos remanesciam para o início da série de atividades planejadas e elaboradas para o evento ‘Semana de Imersão com Mestra Senior Ursula Lima’ em razão de sua visita ao Brasil. Vários de seus To Dai se movimentavam para atender as demandas do conjunto de atividades que integrariam sua visita.
Tornaríamos a encontrar com Si Fu na manhã do sábado seguinte, dia 11, em um yam cha ( desjejum ) de boas-vindas em lanchonete próxima ao mo gun. Foi uma ocasião de proveito para alinhamento do que viria como atividades para o dia e que demandas eventualmente surgiriam. Entretanto, foi também um momento de reencontros e reconexões, de sintonias. Foi a primeira de várias oportunidades, ao longo da breve permanência de Si Fu, de vivenciarmos Kung Fu “extra-mo gun” - o que nominamos por Sam Faat ( “Vida Kung Fu” ).
Responsável por este momento da programação, fui o primeiro a chegar ao local para o breakfast ( aludindo que Si Fu tá “mandando ver” em seu inglês ). Mencionada no início desse texto, local a antecipação é fundamentalmente importante ( ‘inda mais quando se está responsável por um evento ou atividade ). Haveria de verificar se a reserva de mesas realizada estaria como requerida, se preparado e adequado o espaço que usaríamos, se houve alguma mudança não comunicada..., e o que mais oportuno para a ocasião - de modo que houvesse tempo para organizar o que não foi observado ( por nós e/ou pelo estabelecimento ) - e antes de Si Fu chegar. É o que tratamos por antecipação estratégica nas práticas no mo gun. Pouco a pouco, e com o local organizado para a recepção, outros To Dai chegaram para nosso “Welcome, Si Fu !!”, e iniciamos o yam cha com sua chegada.
À mesa, Si Fu teve a oportunidade de reencontrar alguns de seus To Dai e ter primeiro contato pessoal com outros - caso de Matheus, que iniciou o Programa Introdutório na Família Kung Fu e o Sistema Tradicional, e a pequena Sol ( que não é abreviação de Solange ou Solineuza; é Sol mesmo ), quando ela já residia nos Estados Unidos.
Foi um ótimo momento, mas com duração limitada pelos compromissos para iniciarmos as primeiras, de várias, atividades e estudos planejados para a ‘Semana de Imersão’ pela presença de Si Fu.
Continua. E, sigamos juntos!
Assim relatou André Villarreal 'Moy Yuet Mah', membro do Conselho de Discípulos da Família Moy Lin Mah, juntamente com Helena Carneiro, Angela Carvalho, Fernanda Lima, Heitor Furtado, Vitor Barros e Fábio Assuf.
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